O vô.
O vô "só tinha até a quarta série", mas era mais
inteligente do que muita gente que "tem doutorado".
O vô era teimoso demais, tão teimoso que a gente ria.
O vô fazia a melhor caipirinha do mundo.
O vô nos contava história quando a gente era pequena. Eu gostava
da "festa no céu".
O vô gostava de circo. E fazia a brincadeira de circo, cantando
uma musiquinha linda que ele inventou.
O vô fazia mágica com um dedo de plástico. Isso me fazia tão feliz.
O vô lia meus artigos, pedia pra imprimir da internet e vinha
discutir o que achava.
O vô escrevia cartão no aniversário e terminava: "são os
votos do seu avô". Eu amava isso.
O vô olhava pra mim e dizia: "- Cadê o Ray?". E eu
dizia: "- Tá vindo, vô!", rindo de canto.
O vô gostava de branco. E ficava lindo de branco.
O vô tinha um apelido doce dado pela vovó, Katito. Katito que
significa pedacinho do céu.
O vô era o melhor vô.
Ah vô... tanta coisa.
Você será pra sempre nosso pedacinho do céu.
Te amo.
Tanta gente no mundo e os mais legais vão embora! Seu vô, meu pai... agora, saudade!
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Oooo Biazinha! Texto/poema lindo de encher o coração de amor! Seu vozinho é amor puro. Bjus!
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